T​ã​o Alone, Sou Só / Sem Palavras

by Depressa Moço!

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1.
São Pedro? 02:37
pela janela da alma pela janela da alma eu observo o dia, que se vai busco seus olhos, pois seu olhar nunca me trai busco seus olhos, busco seu olhar será que vale o sacrifício, por tudo que acredito não posso achar que foi tudo em vão sei que monstros não se valem mais da escuridão então me diga se ainda me estenderá a sua mão não me negarás não me negarás não me negarás
2.
Gafonhoto 01:45
será o mundo ou serão meus olhos será o mundo ou serão meus olhos tudo anda tão embaçado estou cansado de me ver cansado e o coração cada dia mais fraco só quero dormir e quem sabe sonhar e se não acordar que tudo termine num sonho será o mundo ou serão meus olhos será o mundo ou serão meus olhos
3.
Sonho 02:09
a esperança me deixou aqui aguardando em silêncio tão alone so só eu esperei por tanto tempo algo que não está mais por vir e se perdeu em pensamentos mas logo vem a chuva água limpa, preciososa inunde o leito de meu coração e leve a minha tristeza embora um dia, um outro dia a mais, mais um dia um outro dia mais, todos os dias bom dia solidão, solidão boa tarde Sol e quando a noite cai estou tão alone so só Ah, se o coração gritasse mais talvez espantasse a solidão Ah, se o coração gritasse mais
4.
5.
Barco 02:12
6.
7.

about

O novo lançamento do Depressa Moço!, codinome do artista Carlos Otavio Viana. "Tão Alone, Sou Só / Sem Palavras" nasceu da junção de dois discos que se completam (...) A sonoridade, além de intrigante, tem uma característica única, convida o ouvinte a uma reflexão. Depressa Moço! está num território nebuloso entre a poesia e crônica do cotidiano. 

Há um tempo que o Depressa Moço! não havia lançado um trabalho, desde o seu último disco mais eletrônico ''Saindo de Cena'' em 2017, ele agora chega com um registro mais acústico e mais delicado. Carlos expoe os temas que lhe são raros, e que reverberam a cabeça do ouvinte sobre assuntos que habitam nosso inconsciente: A morte, a velhice, a solidão, e a própria definição de felicidade. As experimentações acústicas passeiam entre o folk e a bossa, a balada e o indie. Tudo gravado de forma intimista. Impossível pensar numa melhor forma de transmitir o pensamento do artista do que simplesmente captar seu momento.

O álbum abre com a faixa ''São Pedro?''. Depressa Moço! está livre das armadilhas da música pop, sem compromisso com estética limitadora. O pensamento flui solto numa belíssima canção, ''Gafanhoto'' - Até remete a outros artistas mais introspectivos, mas Carlos tem sua construção própria, assim como surge ela se evapora.

''Sonho'' - Desembocamos numa das faixas mais fortes do disco ''- Estou cansado de viver cansado...'' Longe da definição o melhor é encontrar a resposta sozinho. ''Montanhas Sobre o Céu'' - É quase um interlúdio. Uma leve brisa que anuncia o entardecer. Carlos adora trabalhar com nuances e cria um momento único.

''Barco'' - seguimos para mais uma faixa acústica. Pois Depressa Moço! também se revela um bom instrumentista, com um arranjo intrincado e melódico. ''Tão alone, Sou Só'' - é a faixa que dá nome ao álbum, introspectiva e poética. Aqui, dividida em duas partes que se completam, embora as ambientações se alternem com a impressão da presença e a do vazio.

''Milhoes de Anos Antes'' - O álbum fecha com mais uma ótima melodia. Entra a sensibilidade do artista Mário Alencar, que definiu a ordem das faixas e masterizou o disco. "Milhões'' surge como um sonho e se esvai... É hora de acordar.

por Edson Codenis

credits

released May 1, 2020

''Tão Alone, Sou Só'' é um EP gravado no Rio de Janeiro em 2019

produção, música e arte/capa por Carlos Otávio Vianna

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